As comunidades de Manaus situadas às margens dos rios Negro e Solimões começam a ser monitoradas pela Prefeitura de Manaus. O objetivo é mapear as áreas que poderão ser mais atingidas pela cheia dos rios que este ano, segundo projeções do CPRM – Serviço Geológico Brasileiro e do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), poderá alcançar a marca dos 29,5m, ficando atrás apenas da grande enchente ocorrida em 1953, a maior registrada no Estado.

No final de semana, uma equipe da subsecretaria de Defesa Civil do município visitou três núcleos localizados na calha do Solimões – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nova Canaã e Nossa Senhora do Carmo, onde a subida das águas já é bastante acentuada. Nestas comunidades o acesso só é possível por barco, em uma viagem que dura cerca de três horas. O levantamento foi feito com um aparelho de GPS (sistema de posicionamento global) e os dados serão acrescentados a um mapa, utilizado para o controle das áreas críticas.

“Estamos fazendo um levantamento nesses locais para que possamos ter uma idéia aproximada da quantidade de casas que poderão precisar da ajuda da administração por causa da cheia. A orientação do prefeito Amazonino Mendes é no sentido de assegurar total apoio às famílias que vivem nessas áreas”, explicou o subsecretário da Semdec, coronel Ary Renato.

A Prefeitura deverá adquirir madeira para o caso das águas alcançarem as casas e ser necessário elevar seus assoalhos, recurso denominado de maromba. A estratégia de ação da Prefeitura está sendo coordenada pela Defesa Civil e envolve outras secretarias, como a de Assistência Social e Cidadania.

Na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de 65 casas pelo menos 35 deverão ser afetadas pela cheia. Magno Cortês, 22, aposta que o nível das águas ainda vai subir pelo menos um metro. “Com certeza a água chegará até a escola, porque o rio sobe até o mês de julho”, afirmou. Segundo ele, o problema se agrava em junho, na época do Festival Folclórico de Parintins, quando o movimento de barcos é muito intenso, causando os chamados “banzeiros”, agitação das águas provocada pelo deslocamento das embarcações.

A área territorial de Manaus é de 11.159 km², dos quais 377km² correspondem à região urbana. O restante compreende 33 comunidades no rio Negro e 29 no rio Amazonas.

Informações: Sandra Monteiro

Assessoria de Comunicação – SEMCOM

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Fonte: http://www.pmm.am.gov.br/noticias/manchete/operacao-enchente